UM MUNDO TODO MEU

Neste mundo de novidades, nesta terra de ninguém, te convido a adentrar sem pudor. Viaje de olhos abertos e asas aos ventos, porque nem tudo o que parece é, mas tudo o que é, pode parecer com você!!



domingo, 28 de outubro de 2012

VOCÊ...


Tudo em mim é só você,

Só você conhece quem sou..

Só você sabe minhas verdades

Só em você está em meus sonhos

Só você consegue  me enobrecer

Só você pode tudo

Só você tem o melhor de mim

Só você muda meu dia

Com um sorriso vadio

Só você tem o amor..

O amor insano que não me cabe..

É só pra você

Toda minha canção

Toda minha poesia

Toda minha volúpia

E quando algo meu

Não me parece ser seu

Tenho medo..

Porque me dei pra você,

Num embrulho simples

Num envelopamento tosco

Numa viagem de vida

Que eu nem mesmo posso seguir..

Que eu nem mesmo posso ter,

Exatamente porque sou pra você

O que a sociedade não aceitaria..

O que a insensibilidade dos homens

Não amorteceria..

E mesmo que seja uma fase;

Que seja uma fase eterna..

Porque te amar me faz bem,

Assim como me faz mal

Mas este mal necessário

É a única forma que tenho

De viver realmente..

Se não for pra te ter

Que eu posso apenas te ver

Antes mesmo de morrer.

APENAS SORRISO

Ah, quanta paixão sinto
Quando vejo seu sorriso..
Quanto ardor em meu peito
Quando seu rir é sincero
Cada palavra tua
Surge como um espetáculo
Que seguido de um gargalho
Me enobrece um pouco mais..
Cada som que emites no rir
Enlouquece-me...
E mesmo quando me indigno
E me ensurdeço diante de ti..
Com seu jeito doce de rir
Me desmancho em pedaços
Me desabo e me curo
Pois sei que de seu sorriso
Destila-se os mais inoportuno veneno...
Que embebeda minha alma
E embriaga minha vida...
Fazendo com que te sinta perto..
Mais aconchegada a mim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

AS PASSADAS NO SALÃO







I

Ela girava a bailar

em todo o salão,

uma guria assanhada

que com sua saia rodada

fazia todos deslumbrar-se

em labaredas incêdiosas.

Essa era sua nobre missão,

conduzir os olhares múltiplos

para o meio do salão,

cada instante;

bailante,

ela cometia graves delitos.

Não era marginalizada


pois, aqueles olhares


impetuosos de homens


já exaustos...

buscavam nela um último

refúgio escravizado.
Verdadeiros afetos,

de tempestuosas torres

vadias a mercê;

com um assobio delicioso

ela se desventurava,

levava-se no peito o sorriso

fatigado de criança,


mas, em seus lábios


haviam a maior perspicácia


ao rir-se de gozo.



II
Em seus olhos carregava

uma aflita sensação

de morte ignóbil.
Semblante pesado,

castro de felicidade.

Na verdade;

ela não parecia ter medo,

da soberba morte.

Ousava consagrar-se

ao ligeiro castigo

que merecia receber;

Era sagrado seu momento,

sua partida deveria ser digna,

ou somente: decente.

Sem gritos terríveis

como revelação perversa

de seu bailar ultrajado

no meio do salão,

ela deleitava-se em restaurar

sua fraudulenta vingança

de todos os homens.

Homens estes, maquiados,

falsos dementes, estúpidos,

seres que desejavam seu arrepio.

Mas, que resignavam-se

no corpo

o desafeto morto,

que se fez muitas vezes

rolar em sua pálida face

lágrimas desgostosas

de um ódio impune.


III

Ela então,

deixou-se cair;

alí mesmo no meio do salão.

Os desventurados buscaram

socorrê-la em pressa

simultânea; simultânea...

mas, ela havia partido,
deixou-se ir à toa,

numa viagem absoluta,

intuito seu;

sempre quis fluir

a virginal pureza,

agora mais límpida,

deixou-nos sua nobreza bailante:

Insinuante

a girar no meio do salão, 

tornou-se eterna e funesta guria.


Daiane Durães

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SARAH

À uma das melhores pessoas do mundo.
            TE AMO MENINA






Simpatia de esplendor,
Aflorado em suaves
Risos de menina,
Anjo de grande graça e
Humildade singular.









quinta-feira, 9 de setembro de 2010

OS DOIS LADOS DO VIDRO

No meio da Avenida

Viam-se meninos,

Meninos sem nome,

Descalços,

Ainda de fraldas,

Diversos tamanhos

Com cores diferenciadas,

Mas eram meninos,

Pobres crianças

Exaustas de viverem

Recriminadas pelos olhares

Impetuosos dos adultos.
Hoje são meninos

E amanhã;

O que haverão de ser?

Cabelos ao vento,

Empurrados aos carros

Que de vidros fechados

Ignoram seu encanto,

Querem atenção

Muito mais que dinheiro,

Querem uma palavra;

Um obrigado

Por seus malabares,

Porém o descaso

Do bicho maduro

Faz da vida desses meninos

A insegurança de um olhar,

Que hoje ainda é doce,

Cheio de graça

Pois, são só meninos

Na Avenida da vida

Querendo atenção,

Um pouco de brilho

Para sua escuridão.

Querendo ser amanhã

O seu hoje,
E esquecer que um dia

Foram meninos,

Meninos de rua,

E tendo seu carro

Simplesmente fechar o vidro

Para outros meninos,

E desfazerem-se

Do duro passado

Ignorando o outro,

Como o bicho homem

Costuma fazer,

Sem racionalidade

Sem firmeza,

Apenas porque tem medo

Dos pobres meninos,

Meninos artistas

Que tiram da Avenida

Seu sustento

E que não tem orgulho

De ser menino,

Menino de rua,

Que amadurece com a falha

Causada pela injustiça

De um bicho homem

Que de vidros fechados

Se sente mais bicho,

Mais forte,

Do que o Ser menino,

Que olha tristonho

Do meio da Avenida

Para o vazio;

O infinito descaso

Que ele mesmo tem,

Do homem que está

Preso do outro lado do vidro.

Autor: Daiane Durães

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SONO DE VERÃO

Aquela cadeira

Te traz a mim,

Manhã de sono

Manha sem fim.



O ventilador,

Que a ti esvoaça

E os cabelos já não seguram.



A lousa,

Que tu a escreves

E prontas um vestido.



Tudo me mostras

E estás sem sentido

Abro meus olhos,

Acordo. Estava apenas dormindo.